quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Viagem parte I

Ficar em casa a olhar para o tecto do quarto não era nada que me apetece-se, semanas inteiras a trabalhar e ir para casa sem sair e ver gente estava a dar comigo em doida.
Já era demasiado tempo longe das pessoas e das coisas que realmente gostava de fazer. Para desanuviar o ar pesado que carregava no rosto e que já era notório a quem me rodeava, lavei a cara de preocupações e obrigações, e maquilhei-me para mudar, vesti uma roupa casual e sai porta fora com as chaves do carro na mão e ainda sem saber para onde ir. Sentei-me no banco do carro e liguei o motor.
Quando comecei a conduzir só conseguia pensar numa coisa, vou andar, andar, andar, deixar as horas passar sem me preocupar se amanhã tenho de ir trabalhar, queria relaxar, ver outros ambientes que não os habituais, ver pessoas, nem que fosse só para observa-las…
Arranquei na minha demanda, á procura não sabia do quê.
O barulho do motor do carro ia desaparecendo á medida que os meus ouvidos se habituavam ao som, e ai os pensamentos começaram a jorrar na minha cabeça, coisas de nada e coisas mais importantes tomavam de assalto a minha estabilidade e assombravam a minha vontade de continuar a galgar estrada, mas não parei, e deixei que fluíssem ate pararem de me torturar e desaparecessem por completo da minha mente, agora nada me passa pela cabeça, só o anseio pelo asfalto.
Chovia, não muito mas o suficiente para acordar alguma nostalgia, lembrei-me de tantos momentos passados em dias de chuva. Em casa ou na escola, as brincadeiras de crianças que não tinham medo de ficar doentes e saiam para brincar á chuva e fazer possas de lama com as botas de borracha. As gotas grandes e frias não tiravam a vontade de correr pela rua que era maior ainda, fez-me sorrir, olhei em volta para ver onde andava e vi terras cobertas de ervas verdes e viçosas com aquela água a cair sobre elas, era como vida nova, tudo lavado e limpo, abri um pouco o vidro, veio o cheiro doce e fresco da terra molhada.
Poucos carros passavam por mim na estrada, ao que eu agradecia pois não me apetecia nada ter cortes naquela visão do mundo, continuei a andar.
Viajar de carro sempre foi uma das minhas grandes paixões, adorava conduzir durante horas a fio e só para jantar num restaurante local, dormir e conhecer o sítio logo pela manhã do dia seguinte, e partir depois do almoço, na minha cabeça havia sempre muito para ver, e faze-lo de carro era óptimo. Não imaginam a quantidade de informação fotográfica que guardamos no nosso cérebro. Parece que tudo nos chama a atenção e como estamos limitados de tempo, que remos reter tudo na nossa memória fotográfica, e, a verdade é que ficam mesmo…guardo muitas na minha.
Estava a precisar de mais momentos desses.
Não á quanto tempo estava a conduzir mas deve de ter sido durante horas. Tinha saído de casa sem comer, e o meu estômago estava a pedir combustível, o carro também.
Parei mais uns quilómetros a frente numa estação de serviço, enchi o deposito e depois estacionei no parque para comer qualquer coisa mesmo por ali.
Entrei dentro do que anteriormente deveria ter sido uma zona de serviço bem movimentada, era uma sala de refeições ampla toda apetrechada com mesas, buffet e maquinas de self-service, mas aparentava um pouco de abandono e falta de uso, estava frio lá dentro. Fui até ao balcão onde um senhor com um ar muito simpático e rosado me veio perguntar o que desejava.
- Por acaso servem refeições? – Perguntei.
- Sim, mas estamos u pouco limitados, como já reparou o movimento já não é o que era e só fazemos um prato do dia e sopa, hoje temos ………
- pode ser preciso de comer bem tenho uma viagem longa para fazer.
- á sim para onde vai?
Confesso que a pergunta dele pareceu-me impertinente, não o conhecia de lado nenhum, mas tinha um ar tão simpático que não dei importância á sua curiosidade. Por outro lado nem lhe sabia responder, nem eu sabia para onde ia.
- vou conhecer uns lugares aqui perto ouvi dizer que são bonitos.
- á sim por estas bandas tem muito para ver mesmo, faz muito bem menina, pouca gente se dá ao trabalho de andar de carro por estas estradas e conhecer as coisas bonitas que temos por cá, só pensam aviões, estrangeiro, quando existe um pais lindo para correr mesmo que se ande sozinho estas paisagens não deixam sentir só.
Sorriu e saiu para me ir buscar a refeição.
Deixou-me sozinha a pensar no que me tinha dito.
Durante aquelas horas todas, entre a condução, a paisagem e algumas recordações ainda não me tinha sentido só. Estranho, porque tinha saído de casa naquela manhã precisamente por causa disso. Eu sentia-me só e queria sair, e até aquele momento não estava de todo a sentir-me só, tinha muito para me entreter, para ocupar a cabeça, tudo á minha volta me dizia alguma coisa de certa forma.
Comi a minha refeição e sentei-me ao volante de novo, decidi que não ia voltar para casa naquele dia, ia procurar uma pensão ou coisa do género para dormir e voltava no dia seguinte para casa.
Andei mais uns quilómetros, estava a ouvir musica no rádio e a cantarolar quando me apercebi que o carro estava a fazer um barulho estranho. Baixei o som do rádio, e as minhas suspeitas confirmaram-se, havia um som qualquer que me perturbou a calma que estava a sentir, não passou muito mais tempo até o carro começar a gaguejar, tive de encostar á beira da estrada, não podia continuar assim sem ver o que se passava.
Parei e sai do carro ainda sem acreditar no que me estava a acontecer. Olhei em volta, estava no meio de nenhures e nem sinal de um carro á vista, para além disso chovia mais agora. Só me apeteceu gritar, mas ao contrário disso soltei uma gargalhada e abri os braços, brindei a chuva e senti as gotas geladas a baterem-me nas pestanas, sabia-me bem brindar a chuva.
Abri os olhos respirei fundo e entrei para dentro do carro, pensei em ficar uns momentos com ele parado na esperança que tivesse sido só uma pequena reclamação, e que o coitado fiat me levaria depois a bom porto para descansar-mos e o levaria logo pela manha a uma oficina.
Passado algum tempo de estar ali sentada á espera que meu carro descansasse um pouco comecei a sentir frio, a brincadeira da chuva parecia que ia sair cara, antes que gela-se mais, agarrei um casaco que tinha no banco de trás do carro tirei a blusa molhada e vesti-o. Esperava assim que não me constipasse ou algo do género. O que é certo, é que estava muito frio e começava a sentir, decidi tentar dar á chave a ver se operava algum milagre, até porque estava parada á mais de meia hora e não tinha visto um único carro sequer a passar por ali.
Rodei a chave mas não consegui mais que um click. Tentei de novo o mesmo som. Após vários clike`s, o quadro não me parecia o melhor, e sair sozinha para andar á deriva naquele momento pareceu-me a coisa mais estúpida que tinha feito na minha vida. Onde estava eu com a cabeça para pensar que  nada de mal poderia me acontecer ao sair de casa, meter-me num carro a pedir reforma e andar centenas de quilómetros num dia só, estúpida mil vezes.
Tentei em vão fazer uma chamada, para cúmulo não havia rede. Estava a começar a entrar em pânico, anoitecia e nada de aparecer um carro sequer, o quadro em que me encontrava não estava de todo a meu favor.



Sem solução prática á vista, não tive outro remédio se não o de ficar ali plantada no meio de nenhures na esperança de que alguém aparece-se por  ali. Tranquei as portas, recostei o banco do carro para trás e tentei relaxar, coisa que estava a ser difícil dadas as circunstancias…
O tempo foi passando, e sem me aperceber adormeci, devia de ser do cansaço da viagem, pois nem me dei conta do quanto os meus olhos estavam pesados.
Não sei por quanto tempo dormi, sei que quando acordei tinha um senhor a caminhar na direcção do carro com uma lanterna que apontava na minha direcção. Meia encandeada, só deu mesmo para perceber á distancia que estava do carro que era um homem, certifiquei-me de que tinha fechado bem as portas do carro e esperei que se aproxima-se mais. O meu coração palpitava, não sabia onde estava, o carro não andava e o telefone estava morto, aquela figura desconhecida fazia-me pensar em mil e uma desgraças que poderiam me acontecer sem ninguém saber, e quando dessem por minha falta já seria tarde de mais.
Parou por um instante a observar a viatura, movia a lanterna de um lado para o outro como se a estivesse a analisar, depois focou de novo para mim.
Estava sem gota de sangue e sem saber como reagir, afinal de contas não tinha escapatória a única solução era ver o que queria de mim, se vinha para me fazer mal ou ajudar.
De repente acelerou passo em minha direcção, e ai é que entrei em pânico, mas tentei com muito esforço manter a calma, e deixei que se aproxima-se se me mexer um milímetro.
Finalmente quando chegou perto do vidro do lado do condutor pude ver a cara da minha salvação da minha desgraça.
Felizmente era o simpático senhor da estação de serviço, respirei de alivio e abri o vidro.
- então menina que faz aqui parada a estas horas da noite, ainda por cima sozinha? Não me diga que o seu carro avariou?
Olhei para ele e não pude evitar sorrir, a voz denotava a mesma simpatia de há horas atrás e não me pareceu nada ameaçador.
- Não me diga nada, o meu bolinhas deixou-me ficar mal desta vês, estou aqui há horas sem telefone nem nada.
- Pois aqui nesta zona não há rede. Hora vamos ver o que podemos fazer por si. Espere só um pouco que estou com a minha mulher ali no carro e vou chama-la, ela faz-lhe companhia enquanto eu vejo o que este menino tem pode ser?
Quando falou na mulher é que reparei que mais á frente estava um carro parado. Como estava encadeada com o foco de luz não me apercebi que havia um carro.
Foi até á viatura, e quando voltou trouxe a mulher, uma senhora de estatura baixa, magra mas com um ar tão amistoso como o meu salvador, levou-me até ao carro deles e ofereceu-me alguma comida que trazia consigo. Conversámos enquanto ele abria o capo do carro e analisava o seu estado. Falou-me de si do marido e de um sobrinho que vinha da cidade dai a um dia para passar o fim de semana cm eles, era como um filho que não tinham nenhum. Viviam numa vila perto do local onde me tinham encontrado, iam para casa quando repararam no carro parado e resolveram ver se era alguém que precisava de ajuda. Não era hábito fazerem tal coisa nos dias de hoje com tanta violência, mas como o marido tinha falado numa menina que estava a viajar sozinha e achou estranho esse facto, teve medo que talvez fosse você, e por isso pararam.
-E foi em boa hora não menina? Se não morria enregelado com o frio que se faz sentir esta noite.
- Muito boa hora mesmo, muito obrigada. Não sei onde estava com a cabeça quando me meti nesta aventura.
- Você é jovem, tem mais é que se aventurar, mas sempre com cautela, e veja lá se para a próxima com um carro mais novo para não ficar apeada.
E nisto soltou uma gargalhada e afagou-me as mãos em gesto de cumplicidade.
Enquanto continuávamos a conversar, o senhor António, era assim que se chamava, voltou.
Entrou dentro do carro limpo as mãos com um pano que tinha no carro e olhou para mim.
- Menina o seu carro não vai poder sair daqui hoje, vai ter de ir para uma oficina e só pode ser amanhã.
- A sério? Então como vou fazer meu Deus?
Depois de algum silencio a D:. Fernanda achou uma solução.
- Ora só não existe cura para a morte, venha connosco, o meu sobrinho só chega amanhã ou depois, por isso pode pernoitar no quarto dele. Que lhe parece?
- não quero incomodar, mas também não estou a ver outra solução. Como é que posso agradecer esta ajuda, se não fossem vocês a aparecer agora estava perdida de todo.
- Ora essa não custa nada ajudar, vaia lá buscar as suas coisas e venha connosco. Comemos uma refeição decente e depois dormimos o sono dos justos.
Fui buscar a mala com a pouca roupa que tinha, tranquei o carro e voltei para junto deles.
Não acreditava no que me estava a acontecer, foi milagre aquele casal passar por ali. Não sei se era acertado aceitar a cama que me ofereciam, mas não tinha outra saída, pareciam gente humilde e não quis desprezar a ajuda que me estavam a dar. A viagem demorou mais ou menos meia hora. A aldeia era pequena, com casas térreas daquelas típicas de campo, infelizmente naquele breu era a única coisa que conseguia ver. Paramos em frente á terceira casa, e entrámos.
Fiquei maravilhada. Uma casa simples mas muito aconchegante, a decoração era básica mas muito cuidada, rústica típica do interior. A sala tinha uma lareira ao fundo onde haviam varias cadeiras á volta, parecia o local de convívio familiar em noites de inverno, ao lado era a cozinha bem ao estilo campestre com direito a fogão a lenha e pia de pedra. Depois havia uma porta que dava para um corredor com várias portas. A dona Fernanda fez questão de me mostrar o resto da casa. As duas primeiras portas da esquerda eram uma casa de banho ampla e um quarto com porta de acesso directo a ela, era o quarto do casal, onde existiam fotos de casamento e de alguns momentos das suas vidas com pessoas que desconhecia, apenas salientou uma foto do sobrinho com dez anos.
Tinha um ar reguila, cheio de sardas e cabelo desgrenhado, apenas sobressaíam os olhos grande e verde que sob os caracóis rebeldes quase lhe davam um ar de anjo mas que o sorriso maroto fazia desacreditar. Não sei porque mas fez me sorrir.
Depois do lado direito a despensa, logo a seguir a casa de banho das visitas e o quarto onde ia ficar. Era um quarto simples com uma cama de casal, mesa de cabeceira com um pequeno candeeiro e um guarda fatos mesmo em frente, do outro lado havia uma janela alta que dava acesso a uma pequena varanda térrea e tinha uma espreguiçadeira com uma mesa de apoio. Olhei para o céu naquele momento, estava frio e o ar estava tão limpo que conseguia ver todas as estrelas do céu, e, pensei que em noites de verão devia de ser muito agradável ficar ali no olhar aquele céu deslumbrante e perder-se no tempo.
Depois do reconhecimento, dirigimo-nos para a cozinha, onde foi preparada uma refeição leve, baseada em leite, pão caseiro e manteiga, seguido de um delicioso arroz doce.
Conversamos mais um bocado, o Sr. António disse-me que logo pela manhã ia falar com o mecânico para irem ver o carro, e só depois saberiam quando estaria pronto.
- durma descansada esta noite, o pior já passou menina. Amanhã tudo se resolverá.
Agradeci a comida e amabilidade, e retirei-me.
Entrei no quarto e olhei mais uma vez em volta, era mesmo uma decoração simples, numa das paredes apenas havia um retrato do peque diabrete igual ao do quarto da D. Fernanda mas numa escala maior.
- Aqui estás tu pequeno malandro.
Murmurei para mim mesma, e ao mesmo tempo perguntei-me a mim mesma porque cada vez que olhava para ele me dava vontade de sorrir. Devia de ser dos caracóis e das sardas.
Preparei-me para dormir o sono dos justos, deixei as portas da janela aberta, quis continuar a contemplar aquela noite até o sono vir, coisa que aconteceu logo de seguida.
Ia a meio do meu descanso quando fui acordada pelo barulho de uma porta a abrir,. Quando abri os olhos não quis acreditar no que via. No lado de fora da janela estava a sombra de uma pessoa a meter qualquer coisa na ranhura, fosse lá o que fosse surtiu efeito porque a fechadura rodou e a janela abriu-se. Fiquei muito quieta na cama com os olhos arregalados a ver o assaltante a entrar no quarto surrateiro. Mas, para mal dos seu pecados assim que entrou tropeçou na mala que eu tinha deixado no chão e caiu em cima da cama. Dei um grito que deve de se ter ouvido na aldeia mais próxima que seria de uns cem quilómetros, o intruso também gritou ao ver que não estava a passar despercebido como era a sua intenção. Antes que acendesse a luz do candeeiro o Sr. António e a mulher entraram de rompante no quarto e acenderam a luz.
Depararam-se comigo encostada á cabeceira da cama agarrada ao cobertor e um rapaz ao pé da cama com a mão na cabeça a olhar para mim com uns grandes olhos verdes.
- Á o que aconteceu? Disse a dona Fernanda.
Então caiu a ficha, aquele rapaz que não parava de coçar a cabeça era o sobrinho dela, eram os mesmo olhos e os mesmos caracóis da foto, só as sardas tinham desaparecido.
- Então tia arranjou uma substituta foi?
- Mas ó meu filho só eras para chegar amanhã!
- Pois era mas decidi vir hoje depois do trabalho, e como cheguei tarde nãos queria acordar. Mas aqui a sirene fez o favor de me anunciar.
Aquele comentário era despropositado, e não foi do meu agrado.
- O meu nome é Graça, e se não tivesse entrado sem avisar não teria me assustado.
Devo de ter feito beicinho, porque ele ficou a olhar para mim e deu um sorriso no canto da boca.
- desculpe não a quis ofender, mas é costume eu entrar pela janela quando chego tarde. Filipe, o meu nome é Filipe. Agora tia já que estamos todos acordados, explique-me o que está esta rapariga aqui a fazer no meu quarto.
- á meu filho isso é uma longa historia e estamos todos muito cansados inclusive tu. Não te importas de dormir só hoje na sala a lareira ficou acesa.
Olhou para mim com um ar um pouco contrariado mas depois anuiu.
- Está bem, mas amanhã quero saber o que se passa está bem.
- Tudo o que quiseres meu amor, agora vou te buscar cobertores.
Saíram do quarto e dirigiram-se para a sala, depois ouvi as portas dos quartos a fecharem-se. Ainda fiquei um pouco desperta mas acabei por adormecer até de manhã.







segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Natal natal natal...

Chegou a época do Natal e a correria nas lojas.
Gente eu não acredito que haja assim tanta crise como se diz. É so ver as pessoas a gastar dinheiro em prendas  e prendinhas, uma coisa eu garanto eu não tenho assim tanto para gastar, gostaria mas não tenho.
É que mesmo antes de abrir a porta da loja as pessoas já estão á espera para entrar, Deus eu me perdoe, mas parece que nem dormem a sonhar com as compras, e mais os super mercados estão cheios aos fins de semana, isto para não falar das lojas de roupa e de novas tecnologias…mas o que mais me irrita nisto tudo são as sessões intermináveis de embrulhos.
Valha-me nossa senhora, é um verdadeiro empata filas e provocador de nervos. Já não bastam as filas intermináveis e ainda por cima temos que fazer embrulhos para não sei quantas peças diferentes, e quando os sacos estão fechados vem a pergunta que tira qualquer um do serio. “olhe agora não sei para quem são”, e que tal ter pensado nisso antes????já viu quantas pessoas estão atrás de si????estas e mais perguntas ficam na garganta enquanto com um sorriso tentamos resolver a situação o mais breve possível, espreitando para dentro dos sacos, identificamos os objectos e damos uma caneta par poderem escrever de forma visível para quem é, nada de grave mais cinco minutos perdidos e dez clientes a assoprar lá atrás…
Mas somos todos profissionais não é. E acima de tudo á que manter o espírito e sorrir, continuar a ensacar e enfrentar esta quadra trabalhadora como um desafio aos nossos nervos…

Bem vindos.

Bom acho que fiquei viciada…
Não me bastava ter criado a responsabilidade para com um blog, tive a ideia de criar outro, mas este com um propósito diferente.
Como sabem ser trabalhador e trabalhar directamente com o público não é tarefa fácil. Acontecem as coisas mais estranhas que se pode imaginar.
Não querendo avançar muito e resumindo assuntos, já que acredito que á muita gente por ai a querer deixar o seu contributo neste blog, tudo aqui se vai resumir a contar experiencias do dia á dia de trabalhadores como eu, que lidam todos os dias com gente, e, que todos os dias encontram desafios ao atender o mesmos. E como cada pessoa é diferente, as histórias e pequenas gafes somam-se, podem causar um sorriso, um riso, um olhar intrigado ou indignado, um grasnar de raiva interior, e por ai adiante teríamos uma lista infindável de adjectivos e verbos a atribuir a estes momentos insólitos.
Eu tenho imensos momentos e, alguns vou conta-los aqui e espero que muita gente faça o mesmo, pois para mim partilhar estes pequenos tesouros e rir, é mesmo o melhor remédio.

Bem vindos trabalhadores, digam o que vos vai na alma